terça-feira, novembro 09, 2010

Notícias Culturais

O dramaturgo Francisco Pereira da Silva tem sua obra completa editada pela Funarte


Capa: Eliane Moreira (Arquivo Francisco Pereira da Silva)
Capa: Eliane Moreira (Arquivo Francisco Pereira da Silva)
Três volumes resgatam a memória do teatrólogo piauiense cuja dramaturgia é ligada à temática popular e ao universo nordestino.
A coleção Francisco Pereira da Silva Teatro Completo será lançado na sexta-feira, 12 de novembro, às 19h, na Livraria da Travessa, em Ipanema, Zona Sul do Rio. Organizada por Virgílio Costa, a obra em três volumes reúne as 32 peças do autor que se declarava marcadamente nordestino: “O cordel, o repente dos violeiros, a cantoria dos cegos estão no meu sangue”.
Cristo Proclamado (1958), Chapéu de Sebo (1961) e O Chão dos Penitentes (1964), títulos encenados e mais conhecidos de Chico, como era conhecido no meio teatral, podem ser conferidos nesta obra completa que também apresenta a cronologia da vida e obra do autor. A publicação ainda reproduz prefácios e comentários sobre a dramaturgia de Francisco Pereira da Silva escritos por personalidades como Rachel de Queiroz, Bárbara Heliodora, Francisco Miguel de Moura, Orlando Miranda e Francisco de Assis Barbosa.
Francisco Pereira da Silva nasceu em Campo Maior, Piauí, em 1918. Em 1942 veio morar no Rio de Janeiro, ingressando na Faculdade Nacional de Direito, curso que interrompeu no 3º ano para estudar Biblioteconomia, na Biblioteca Nacional. Na então capital federal, Francisco frequentou teatros, exposições de artes plásticas e passou a escrever contos, publicados em revistas e suplementos literários. Sua primeira peça, Viagem, ambientada no Nordeste, foi publicada em 1945, e como a maioria de sua obra ainda é inédita.
Funcionário de carreira da Biblioteca Nacional, Francisco Pereira da Silva era extremamente modesto. Como contador de histórias, utilizava as palavras com sensibilidade e delicada poesia para retratar a realidade de sua infância e juventude vividas no Nordeste. Dos seus campos no Piauí arrebatou para suas peças as maravilhosas histórias do João Grillo, da Carochinha, da Vaca Titiringô. Da farsa à tragédia, em verso e em prosa, bebeu de fontes populares, de textos históricos, da poesia de Gregório de Mattos, de notícias de jornal; transpôs para o seu teatro as cenas do cotidiano carioca e as de seu Campo Maior, lá no Piauí.
“E nas peças do piauiense tem tudo que nos peça o coração. (…) Um cheiro de coisa viva, misteriosamente casada com uma sofisticação de tratamento do mais alto gabarito”, escreveu Rachel de Queiroz no prefácio de O desejado Romance do Vilela (Editora Agir, 1973), incluído em Francisco Pereira da Silva Teatro Completo.
A primeira peça do dramaturgo a ser montada foi Lazzaro em 1952; premiada pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais. Seu texto mais conhecido e com maior número de montagens é Chapéu de Sebo (1961), encenada também na Alemanha, na antiga Tchecoslováquia e na Finlândia, permanecendo em cartaz por vários anos.
Um dia, Chico decidiu sair de cena e não mais escrever para o teatro, e voltou-se para a prosa de ficção. Autor festejado pela crítica, suas montagens foram ignoradas pelo público. Além de um romance e um livro de contos, deixou inúmeras peças inéditas que a Funarte põe agora ao alcance do leitor neste teatro completo.
COLEÇÃO TEATRO COMPLETO — FRANCISCO PEREIRA DA SILVA — Volumes I, II e III
Organização de Virgílio Costa
ISBN 978-85-7507-118-2 (obra completa)
Edições Funarte — Ministério da Cultura
Lançamento: 12 de novembro, sexta-feira, 19h
Local: Livraria da Travessa – Rua Visconde de Pirajá, 572 – Ipanema – Rio de Janeiro

quarta-feira, agosto 18, 2010

Amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito.

Amigo,
hoje por acaso encontro em uma comunidade noticias sobre você.
Que duro ler naquele texto que não poderei mais te encontrar.
Cara, eu ainda queria te dizer tantas coisas, queria compartilhar mais, e no entanto, acabou. Sabe, passsei horas tentando engolir aquilo, veio-me lembranças do nosso último encontro, do nosso primeiro encontro, dos nossos encontros, cara partistes e nem me dissestes nada. Quem sabe...será que naquele dia o vento soprou em meu rosto mais acariciante? Será que naquele dia, olhei no horizonte e me veio uma imagem sua? Será que a canção que por acaso eu ouvi tocou com mais força meu coração? Não sei amigo. Sei do nó que está me impedindo de falar qualquer coisa agora. Sei das lágrimas que querem rolar no meu rosto, sei do aperto que está fazendo côro com outros apertos que venho sentindo no meu peito. Teu sorriso, tuas palavras, teu abraço, teu olhar, tá tudo gravado e crivado em mim.  Realmente eu não poderei te dizer adeus nunca, porque não é isso que eu quero. O que eu quero é poder ter você sempre aqui dentro, sentindo sempre a felicidade que senti quando junto de ti VIVEMOS. Até um dia Bruno, até um dia.

terça-feira, agosto 10, 2010

Brasileiro lê menos que há dois anos


Pesquisa realizada pela Fecomércio-RJ revela que aumentou a parcela de pessoas desinteressadas em atividades culturais

22 de fevereiro de 2010
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Ubiratan Brasil - O Estadao de S.Paulo



HÁBITO CONDENADO - Maioria das pessoas (60%) respondeu não ter o costume de ler, enquanto 22% confessam não gostar: assistir à TV é o passatempo preferido dos brasileiros





O brasileiro hoje lê menos livros, visita menos exposições de arte e assiste a menos espetáculos de dança que em 2007. A queda foi detectada em uma pesquisa realizada pela Fecomércio do Rio de Janeiro, cujo objetivo é o de mensurar os hábitos de lazer relacionados à cultura. Em compensação, as pessoas aumentaram sua ida ao cinema e mantiveram o mesmo índice de visita ao teatro e aos shows de música.



O levantamento teve alcance nacional e foi realizado em mil domicílios situados em 70 cidades, incluindo 9 regiões metropolitanas. As apurações, realizadas em dezembro tanto no ano passado como em 2007, buscavam entender a visão da população sobre atividades culturais de lazer e os motivos que a levam a procurar por essas atividades. Também interessou descobrir a avaliação dos consumidores sobre sua participação no ambiente cultural.



As conclusões não foram animadoras. Para a questão a respeito do hábito cultural, como ler um livro, assistir a um filme no cinema, visitar exposições, ir ao teatro e a espetáculos de dança, 60% das pessoas responderam não ter praticado nenhuma daquelas atividades (em 2007, a cifra era de 55%). Motivo: falta de hábito ou gosto.



Já entre aqueles que desfrutaram ao menos um dos hábitos, a maioria (ou seja, 23%) disse ter lido um livro. A leitura, porém, parece estar cada vez mais em desuso pois, dois anos antes, a mesma atividade era confirmada por 31% das pessoas consultadas. A partir dessas cifras, a pesquisa buscou dissecar os motivos daquela queda: 60% das pessoas responderam não ter o hábito da leitura, enquanto 22% foi direta, afirmando não gostar de ler. A restrição econômica não aparece como determinante, uma vez que apenas 6% confessaram não ter como pagar pelos livros.



O teatro enfrenta situação semelhante, pois 38% das pessoas disseram não ter o hábito de frequentar as salas de espetáculo, enquanto 27% garantiram não gostar de assistir a uma peça teatral.



Quais seriam, então, os hábitos culturais dessas pessoas? As respostas não foram surpreendentes - 68% dos entrevistados declararam-se espectadores da TV, enquanto 14% preferem ir à Igreja ou a algum culto religioso. Encontrar amigos e parentes em um churrasco ou em um almoço é o hábito de 12%. Ir a barzinhos foi a resposta de 9%, enquanto futebol é a preferência de 8% dos entrevistados. Finalmente, ir a restaurantes foi a resposta dada por 4%.



Se pudessem escolher entre as atividades apresentadas, a maioria das pessoas (22%) preferiria ir ao cinema, acompanhada de perto por aqueles que ambicionam ir a um show musical (21%). Curiosamente, 17% dos consultados revelaram desinteresse por todas as opções. Depois de analisar os dados, Orlando Diniz, presidente do Sistema Fecomércio-RJ, respondeu às seguintes questões.



Para resolver o problema do baixo índice de leitura no País seria preciso uma política pública ampla, que ataque várias questões relacionadas ao tema? Ou seja, mais incentivos do governo na educação e na construção de mais bibliotecas?



A opção "ler um livro" aparece no topo do ranking de preferências dentre a minoria que usufruiu pelo menos uma das atividades culturais listadas na pesquisa. A preferência pelo livro encontra justificativa pelo fato de ele estar mais ao alcance da população e ter o benefício de permitir uma ampla circulação de um mesmo produto. Pelo levantamento da Fecomércio-RJ, se compararmos a parcela de brasileiros que leem com os que vão ao teatro, ao cinema, a um espetáculo de dança, uma exposição ou a um show é possível observar que, apesar de baixo, o brasileiro opta pela leitura dentre todas atividades de lazer cultural citadas na pesquisa. A pesquisa nos inclina a pensar que as ações devem ser desenvolvidas no sentido de criar o hábito e desenvolver o gosto das próximas gerações por atividades culturais. Segundo o IBGE, 89,1% dos municípios brasileiros possuem bibliotecas públicas. A meta é repensar o papel da cultura numa sociedade moderna que não considera lazer cultural como uma forma de entretenimento.



Sobre o preço, a reclamação do leitor reflete a tese de que o livro não ocupa um papel fundamental na nossa cultura e economia?



O levantamento mostra que há uma inércia em relação à cultura que não passa necessariamente pela questão do preço, mas pela falta de hábito. Tanto que o porcentual de brasileiros que não leem porque é caro (2%) aparece como o quinto motivo, bem depois de "não tenho o hábito" e "porque não gosto". Isso nos leva a crer que a questão é intergeracional - em geral, os pais não têm o hábito de frequentar "ambientes culturais", como museus, cinema ou teatro, e, por isso, não estimulam os filhos.



Se um trabalho coerente e de eficácia garantida fosse iniciado hoje, é possível prever quando o índice atingiria números aceitáveis?



Não é possível fazer uma previsão desse tipo porque a eficácia vai depender da recepção do público que, como já vimos, passar por uma questão intergeracional. É preciso uma ruptura com os paradigmas, um esforço nacional de longo prazo para interromper a inércia da falta de incentivo aos hábitos de cultura, nesse caso de leitura. Afinal, para gostar, é preciso conhecer, e a valorização de hábitos culturais tem de começar cedo.



Em Números





LEU ALGUM LIVRO

23% (2009) contra 31% (2007)



ASSISTIU A ALGUMA PEÇA OU ESPETÁCULO DE TEATRO

6% (2009) ante 6% (2007)



VISITOU ALGUM TIPO DE EXPOSIÇÃO DE ARTE

4% (2009) contra 8% (2007)



FOI AO CINEMA

18% (2009) contra 17% (2007)



FOI A ALGUM TIPO DE SHOW DE MÚSICA

20% (2009) ante 20% (2007)



ASSISTIU A ALGUM ESPETÁCULO DE DANÇA

4% (2009) contra 7% (2007)





Tópicos: , Versão impressa,

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1 Raimundo Lulio

31 de março de 2010
12h
12Denunciar este comentário
A televisão é maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.O brasileiro gosta de viver espojado na ignorância, é um povinho que se orgulha da própria burrice, por conta disso, seremos eternos terceiro mundistas...só o conhecimento pode nos livrar da ignorância e da miséria!

Repare-se Denunciar  este comentário... Alguém se habilita?
Ontem fui assistir à uma peça teatral gênero infanto-juvenil, realizada gratuitamente à população, por motivo de fazer parte da programação do aniversário de Teresina, no bairro Dirceu. Pura decepção. O público deste imenso bairro, não compareceu. Motivo aparente : novela das Seis, enquanto isso : as crianças deviam estar ou no meio da rua brincando ou sabe lá fazendo o quê?!

sexta-feira, julho 30, 2010

Memória Preciosa

"Para todo homem há palavras que lhe são mais próximas, mais afins do que quaisquer outras. E muitas vezes, quando menos se espera, nalgum perdido rincão esquecido, no ermo dos ermos, encontra-se um homem cuja conversa amena faz com que se esqueçam os descaminhos das estradas, as inóspitas estalagens, a vã agitação dos nossos tempos, a mentira das ilusões que enganam o ser humano. E grava-se na memória, para todo o sempre, o agradável serão, e  tudo será lembrado com nitidez e fidelidade : quem estava presente, quem e onde estava sentado, o que tinha nas mãos; e as paredes, os cantos, e toda e qualquer ninharia."(Gogol - Almas Mortas)

segunda-feira, julho 26, 2010

Iniciando...


Acabei de receber uma proposta de personalização do blog, bom, acho que comecei bem.

Olá gente!
Nervosa, é minha primeira vez.
Bem, espero poder postar neste espaço, diga-se de passagem aberto ao público, informações úteis, experiências, expressões, impressões, sugestões, enfim, algo em que haja conteúdo qualificado e quantificado. Desejo poder contar com a colaboração dos amigos e dos novos amigos que porventura poderão aparecer(e serão sempre bem vindos!) para tornar os assuntos mais dinâmicos, sendo que me autoproclamo "inércilada", portanto, me ajudem.
Inicialmente estive pensando em mudar o título do blogger para AFETADA, pois é o estado de espírito em que me encontro hoje. Mas, por outro lado, nem sempre sou assim, passo mais os dias tranquilos e felizes de uma mortal de nome Amélia. Ah, desculpem-me as Amélias, mas o fardo deste nome é muitas vezes insuportável para mim. Perceberam minha afetação?! É isso.
Por enquanto vou terminar esta minha primeira vez por aqui, esperando a ideias fluirem, coisa de principiante, mas "acredito sim nos meus ideais", e sei que uma hora eu chego lá, "porque é de grão em grão que a galinha enche o papo".
Obrigada, antecipadamente a todos que puderem contribuir com suas mensagens, serei sempre grata.
A vocês, abraço fortíssimo!
E desta maneira me despeço desejando uma Boa noite e sempre bons dias!